2.8.07

Para quem vai o lucro?

Nos sete primeiros meses do ano, informa Mauro Zafalon em sua coluna Vaivem das commodities (FSP, 02.08.07), o agronégócio do país exportou 21% acima do ano passado, considerando-se o mesmo período do ano, chegando a US$ 22,3 bilhões. O chamado “complexo soja” vendeu ao exterior, nesse mesmo período de 2007, US$ 6,3 bilhões, dos quais US$ 4,2 bi foram em grãos.

Ora, será que sendo 70% das vendas realizadas com produto agrícola in natura ainda pode-se falar em “complexo”? enquanto a Argentina tem uma legislação que incentiva pelo menos o processamento inicial dos grãos, a eles incorporando valor e vendendo óleo (maior exportador mundial) e farelo, o Brasil, a partir da malfadada “Lei Kandir” foi no caminho inverso, incentivando a “desindustrialização” do complexo e ainda gerando dívidas do governo Federal com os Estados origem dessas exportações de grãos.

Redução de custos
Nessa mesma coluna, Zafalon informa que a MRS Logística elevou seu lucro líquido em 22%, no primeiro semestre do corrente ano em relação a igual período de 2006, e que o grande destaque nessa performance foi o crescimento de 35% no transporte de soja e milho para os portos e de 17% de adubos e fertilizantes para o interior do país.

Ora, isso traz uma significativa redução dos custos efetivos de transporte: quem está se apropriando desse resultado, apenas a MRS? As traders, os produtores? Quem sabe a própria MRS poderia das mais informações a respeito?

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