6.9.07

Quem paga pelos erros na política econômica?

Os "de sempre" (acima, na foto),
como dizia o capitão Renault, no filme Casablanca.


Vejam só, car@s amig@s, há organismos das Nações Unidas que teimam em querer que os países desenvolvam todas suas potencialidades e que isso se reflita em suas populações, com melhoria de seus padrões de saúde, educação, de vida, enfim.

Serão jurássicos, cepalinos empedernidos, saudosistas, ou o quê?

Um documento da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD, denominado "Relatório de Desenvolvimento e Comércio de 2007", que veio a público ontem, afirma que o “câmbio flutuante prejudica” o Brasil.

Conforme relata a repórter Leandra Peres, da sucursal brasiliense da Folha de São Paulo (grifos meus), “A adoção do sistema de metas para a inflação e de taxas de câmbio flutuantes após a desvalorização do real, em 1999, trouxe resultados "decepcionantes" para o Brasil, por haver levado a uma "tendência de valorização da moeda e deterioração da competitividade global".

A reportagem cita, também, que não apenas o Brasil entrou nessa fria mas, também, países que adotaram a mesma metodologia – como México, Turquia, África do Sul e Hungria – encontram-se na mesma difícil situação.

Capital especulativo

A valorização da moeda está ligada às altas taxas de juros, que atraem o capital especulativo internacional, diz a UNCTAD. Ou seja, a valorização da moeda local frente ao dólar nada tem a ver com a economia real, com a economia do país estar “mais forte”, ou por ter o governo “feito o dever de casa” (determinado pelo FMI) e ter a economia e inflação sob controle.

O documento da UNCTAD vai além da crítica apenas, conforme relato de Leandra Peres, propondo a solução: “a criação de um sistema mundial de monitoramento do câmbio. Mas, conclui a repórter, “como até a Unctad considera essa saída pouco provável, (esse organismo das Nações Unidas) defende que os países em desenvolvimento taxem os capitais especulativos e façam intervenções no câmbio para evitar a valorização excessiva.”

Com licença do Nassif, pergunto: e os "cabeças-de-planilha" governamentais, com posições de direção na política econômica, porque não são responsabilizados por seus erros?

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